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Tesla encerra projeto Dojo e muda estratégia para IA automóvel

Tesla dissolveu a equipa responsável pelo supercomputador Dojo, encerrando o desenvolvimento interno de chips destinados à condução autónoma, de acordo com informações avançadas pela Bloomberg.

Saída de responsáveis e reatribuição de equipas

Peter Bannon, líder do Dojo, abandona a empresa. Os restantes elementos serão realocados para outros projetos de data center e computação dentro da Tesla. A decisão surge após cerca de 20 antigos membros terem deixado a fabricante para fundar a DensityAI, startup que prepara soluções de hardware e software para centros de dados orientados a robótica, agentes de IA e aplicações automóveis. O novo empreendimento foi criado por Ganesh Venkataramanan, ex-responsável máximo do Dojo, juntamente com Bill Chang e Ben Floering.

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Alteração de prioridades tecnológicas

O encerramento do Dojo representa uma inversão num plano apresentado por Elon Musk desde 2019. O supercomputador, suportado pelo chip D1 revelado em 2021, era apontado como peça central para processar grandes volumes de vídeo e, assim, acelerar o desenvolvimento da condução totalmente autónoma.

Agora, a fabricante pretende reforçar a dependência de parceiros externos como Nvidia, AMD e Samsung. Em dezembro, a empresa assinou um contrato de 16,5 mil milhões de dólares com a Samsung para produzir o chip AI6, concebido para aplicações que vão desde o Full Self-Driving até à formação de modelos de IA em centros de dados.

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Imagem: techcrunch.com

Contexto empresarial

A decisão ocorre num momento em que o conselho de administração propõe um pacote salarial de 29 mil milhões de dólares a Musk para garantir o seu compromisso com os projetos de inteligência artificial da Tesla. Paralelamente, o CEO tem promovido o supercluster Cortex, a ser instalado na sede em Austin, como a nova plataforma de treino de IA da companhia.

Em 2023, a Morgan Stanley estimou que o Dojo poderia acrescentar 500 mil milhões de dólares ao valor de mercado da Tesla, abrindo receitas em robotáxis e serviços de software. Com o programa agora cancelado, a empresa reorienta o investimento para soluções terceirizadas que visam sustentar os mesmos objetivos de automação e robótica.

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