Tesla condenada a pagar 242 milhões de dólares por acidente mortal associado ao Autopilot

Um júri do Estado da Florida considerou a Tesla parcialmente responsável por um acidente ocorrido em 2019 em Key Largo e fixou uma indemnização total de 242 milhões de dólares (cerca de 225 milhões de euros) a favor das vítimas.
Decisão do júri da Florida
A deliberação foi anunciada na sexta-feira, 1 de setembro. O painel atribuiu 200 milhões de dólares em danos punitivos e 59 milhões em compensação à família de Naibel Benavides León, que perdeu a vida, além de 70 milhões a Dillon Angulo, ferido na colisão. Como o júri considerou que a fabricante detém um terço da culpa, o montante efetivo resultou nos referidos 242 milhões.
Segundo os autos, o veículo Model 3 conduzido por George McGee embateu numa pick-up Chevrolet. A acusação sustentou que o sistema de assistência à condução Autopilot contribuiu para o acidente.
Argumentos das partes e próximos passos
A Tesla contestou o veredicto, defendendo que o condutor circulava em excesso de velocidade, com o pé no acelerador — situação que desativa o Autopilot — e distraído à procura do telemóvel. A empresa, detida por Elon Musk, afirma que pretende recorrer da decisão.

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Para a defesa, «nenhum automóvel em 2019, nem hoje, teria evitado este acidente». Já o advogado dos queixosos, Darren Jeffrey Rousso, considera que o júri «emitiu um veredicto justo e equitativo».
O caso prossegue agora para a fase de recurso, podendo o montante final ser revisto pelos tribunais superiores.