Rio recebe escola de verão que capacita jovens de 9 países em modelação costeira

De 8 a 12 de setembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas (INPO) promove no Rio de Janeiro a Escola de Verão 2025, dedicada aos “Fundamentos de modelação numérica e análise de dados: aplicação em estudos de resiliência costeira”. Jovens investigadores de nove países participam num programa intensivo que combina aulas teóricas, exercícios práticos e visitas a laboratórios da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Programa centrado na resiliência costeira
O curso introduz conceitos-chave de modelação numérica usados para compreender e prever processos costeiros. Com o litoral brasileiro como caso de estudo, os participantes testam técnicas que poderão aplicar nas suas regiões de origem. Os formandos actuam em áreas como Oceanografia, Matemática e Engenharia, todas com foco no ambiente marinho.
As sessões são ministradas por docentes brasileiros e estrangeiros, entre os quais se destaca Nadia Pinardi, investigadora da Universidade de Bolonha e referência do programa internacional CoastPredict, dedicado a sistemas de alerta precoce para riscos associados às alterações climáticas.
Parceria internacional reforça investigação oceânica
A iniciativa resulta da colaboração entre o INPO, o Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (LAMCE/UFRJ) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Integra ainda o Projecto Okeano, principal eixo da Aliança Atlântica para a Pesquisa e Inovação (AAORIA).

Imagem: agenciabrasil.ebc.com.br
Segundo Janice Trotte-Duhá, directora de Infra-estruturas e Operações do INPO, os conhecimentos adquiridos “desempenharão um papel fundamental na orientação de práticas sustentáveis e no planeamento oceânico” nos países representados. A responsável sublinha o potencial dos modelos numéricos “desenvolvidos globalmente e implementados localmente” para apoiar a gestão de zonas costeiras.
Sobre o INPO
O Instituto Nacional de Pesquisas Oceânicas é uma organização social vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil. A rede conta com mais de 1 400 investigadores ligados a universidades e centros de investigação em todo o país, dedicados ao estudo dos oceanos e das suas dinâmicas.