Nova Iorque critica cortes de Trump e reforça investimento em cibersegurança
O responsável máximo pela cibersegurança do estado de Nova Iorque, Colin Ahern, alertou que os recentes cortes federais decididos pela administração Trump colocam em risco a resiliência digital dos Estados Unidos. A posição é partilhada pela governadora Kathy Hochul, que já solicitou apoios adicionais a Washington.
Estado alerta para riscos após cortes federais
Desde a tomada de posse, a Casa Branca reduziu em mais de 1,2 mil milhões de dólares o orçamento de cibersegurança para várias agências federais, incluindo um corte de 135 milhões na Agência de Segurança de Infra-estruturas e Cibersegurança (CISA). Mais de uma centena de funcionários foi despedida e depois readmitida por decisão judicial. Paralelamente, foram reservados mil milhões de dólares para operações ofensivas no estrangeiro, e a iniciativa de apoio a escolas públicas foi suspensa.
Ahern sublinha que os estados dependem do Governo federal para proteger redes críticas e lamenta “ver muitos dos instrumentos de proteção serem desmantelados”. A designação de um diretor nacional de cibersegurança sem experiência prévia reforçou as preocupações.
Medidas locais reforçam proteção de infra-estruturas
Face ao cenário federal, Hochul enviou uma carta à secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, a pedir o desbloqueio imediato de verbas do programa Homeland Security Grant Program. O financiamento pretende assegurar a segurança de infra-estruturas como redes de água, transportes e energia.
Ao mesmo tempo, Albany aprovou legislação que obriga todos os funcionários de serviços públicos a frequentar formação em ciber-higiene. O diploma estabelece ainda a comunicação de ciberataques à divisão estadual de segurança no prazo de 72 horas e a notificação de pagamentos de resgate em 24 horas.
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A governadora propôs igualmente um novo fundo para modernizar sistemas de água e águas residuais, antecipando exigências regulatórias futuras. Para reforçar estas iniciativas, o estado abrirá um escritório em Nova Iorque dedicado a tecnologia e segurança digital, com o objetivo de recrutar profissionais — inclusivamente antigos colaboradores federais dispensados pelos cortes recentes.
Segundo Ahern, o objetivo é “manter Nova Iorque segura, resiliente e acessível” através de parcerias inter-estaduais e municipais, procurando compensar a redução de recursos federais.
