Joby Aviation compra negócio de helicópteros partilhados da Blade por até 125 milhões

Joby Aviation fechou um acordo para adquirir o negócio de transporte partilhado de helicópteros da Blade Air Mobility, num negócio que pode atingir 125 milhões de dólares.
Detalhes da operação
O entendimento abrange a marca Blade e toda a atividade de transporte de passageiros nos Estados Unidos e na Europa. A divisão médica da Blade, dedicada ao transporte de órgãos, fica fora da transação e continuará a operar de forma independente.
Segundo os termos divulgados, Joby pagará até 125 milhões de dólares, dos quais 35 milhões ficam retidos até serem cumpridas metas de desempenho e retenção de pessoal. A nova subsidiária continuará sob a liderança do fundador e diretor-executivo da Blade, Rob Wiesenthal.
Rede de terminais e integração tecnológica
Com a aquisição, a Joby passa a controlar 12 terminais em localizações estratégicas, incluindo lounges e bases em John F. Kennedy International, Newark Liberty e vários heliportos de Manhattan. Estes pontos garantem acesso imediato a mercados de elevada procura, particularmente Nova Iorque.
A Blade, fundada em 2014, não possui frota própria; opera uma plataforma digital que permite reservar voos de curta distância em helicópteros. Em 2024 transportou mais de 50 000 passageiros, oferecendo também rotas na Riviera Francesa, entre Nice, Mónaco e Saint-Tropez.

Imagem: techcrunch.com
Preparação para táxis aéreos elétricos
JoeBen Bevirt, fundador e CEO da Joby, classificou a compra como “estratégica” para o arranque das operações comerciais em Dubai e posterior expansão global. A empresa vai integrar o seu software de gestão de táxis aéreos na infraestrutura da Blade, preparando a transição dos helicópteros atuais para aeronaves eVTOL totalmente elétricas.
Fundada em 2009 e apoiada pela Toyota, a Joby dedica-se ao desenvolvimento de aeronaves elétricas de descolagem e aterragem vertical. A companhia abriu capital em 2021 através de fusão com uma SPAC patrocinada por Reid Hoffman e Mark Pincus.
Após a conclusão do negócio, a marca Blade manterá os serviços regulares, mas com a perspetiva de substituir gradualmente os helicópteros por táxis aéreos elétricos quando estes obtiverem certificação e entrarem em produção.