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Harvard revela estratégias simples para equilibrar o uso de ecrãs na adolescência

A equipa liderada por Carrie James, diretora do Project Zero na Harvard Graduate School of Education, apresentou novas recomendações para apoiar jovens na gestão do tempo passado em dispositivos digitais. As conclusões resultam de vários anos de investigação sobre a relação dos adolescentes com a tecnologia e deram origem ao Centro para o Bem-Estar Digital.

Principais «armadilhas de pensamento»

Os investigadores identificaram sete distorções cognitivas frequentes, designadas «thinking traps», que podem agravar ansiedade e isolamento. Exemplos incluem «leitura de mente», «personalização» e «pensamento tudo-ou-nada». Reconhecer estas distorções ajuda os alunos a questionar suposições sem base factual e a reduzir o impacto negativo das redes sociais.

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Exercícios baseados em valores

Em vez de se concentrarem nas aplicações, os especialistas propõem começar pelos valores pessoais de cada jovem. Numa atividade chamada «Value Sort», os participantes escolhem princípios como honestidade ou criatividade e avaliam de que forma a tecnologia apoia ou dificulta esses objetivos. O método incentiva a autonomia e facilita conversas construtivas entre adultos e adolescentes.

Desafio de hábitos tecnológicos

O «Tech Habits Challenge» convida os estudantes a identificar um hábito digital positivo, definir outro que desejam alterar e criar um plano de cinco dias para o concretizar. O processo inclui alternativas de comportamento e um colega responsável por acompanhar a evolução. A abordagem pode ser replicada em contexto familiar, promovendo um compromisso coletivo para reduzir práticas que prejudiquem o bem-estar.

Harvard revela estratégias simples para equilibrar o uso de ecrãs na adolescência - Imagem do artigo original

Imagem: ww2.kqed.org

Segundo Carrie James, reconhecer que tanto adultos como jovens são influenciados por notificações, scroll infinito ou streaks aumenta a empatia e facilita soluções conjuntas. As estratégias agora divulgadas pretendem, assim, oferecer ferramentas práticas para navegar num ambiente digital cada vez mais absorvente sem recorrer a proibições radicais.

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