Galaxy Z Fold 7 falha antes das 200 mil dobras em teste manual prolongado

O canal sul-coreano Tech-it submeteu o Samsung Galaxy Z Fold 7 a 200 000 ciclos de abertura e fecho realizados manualmente, transmitidos em direto durante vários dias. O objetivo foi avaliar o comportamento do novo mecanismo de dobradiça fora de ambiente laboratorial.
Resultados progressivos do ensaio
Segundo o registo público partilhado em Google Docs, o smartphone reiniciou-se de forma aleatória a cada 6 000 a 10 000 dobras. Aos 46 000 ciclos surgiu um ruído metálico na articulação e, aos 75 000, começou a escapar um líquido negro pela dobradiça. Quando o contador atingiu 175 000 dobras, todos os altifalantes — incluindo o auscultador de chamadas — deixaram de funcionar. No final do teste o movimento ficou mais suave, mantendo a capacidade de se manter aberto em qualquer ângulo.
Método focado em uso real
Hyeonseo Chae, conhecido online como ITchelin, optou por dispensar máquinas de dobragem. O criador argumenta que os robôs aplicam força uniforme, pouco representativa do manuseamento diário. «Percebi que pode existir uma diferença clara entre testes de laboratório e cenários reais», explicou, acrescentando que a avaliação deve contemplar tanto o hardware como o comportamento do software ao longo do tempo.

Imagem: cnet.com
Discordância com a meta oficial
A Samsung anuncia que o Galaxy Z Fold 7 suporta 500 000 aberturas em condições controladas, mas não comentou os resultados do Tech-it. A discrepância reacende o debate sobre a durabilidade dos dispositivos dobráveis, cujo design complexo de dobradiças e ecrãs flexíveis continua a levantar dúvidas entre potenciais compradores, a par da autonomia da bateria.