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Fotografar a Lua no telemóvel: dicas para evitar imagens desfocadas

A Lua costuma parecer imponente a olho nu, mas transforma-se num ponto esbranquiçado quando captada pelo telemóvel. Este resultado tem explicações técnicas e pode ser minimizado com alguns ajustes simples.

Por que a Lua sai pequena e sem detalhes?

A maioria dos smartphones recorre a objetivas grande-angulares, escolhidas pelas fabricantes para facilitar selfies e panorâmicas. Estas lentes captam um campo de visão amplo, mas reduzem o tamanho dos objetos distantes, como a Lua, que surge assim mais pequena e sem textura.

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Outro obstáculo é a exposição automática. Perante um enquadramento quase todo negro, o sistema interpreta falta de luz e ilumina a cena. A Lua, já intensa por refletir o Sol, fica então sobreexposta e perde as crateras visíveis a olho nu.

Soma-se ainda a distância média de 384 000 km entre Terra e Lua. Qualquer vibração do utilizador ou movimento orbital basta para gerar desfoque, sobretudo com tempos de exposição longos.

Ajustes recomendados no telemóvel

Modo manual: ative o controlo manual ou “Pro”, reduza o valor ISO para limitar o ruído e escolha uma velocidade de obturador curta o suficiente para congelar o movimento.

Foco e medição pontual: selecione a Lua no ecrã para que o sistema ajuste a exposição apenas a esse ponto luminoso, evitando a superexposição.

Tripé: estabilizar o dispositivo impede trepidações que prejudicam a nitidez.

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Imagem: uol.com.br

Elementos de referência: incluir edifícios, árvores ou monumentos ajuda a compor a imagem e destaca a dimensão do satélite.

Quando vale investir em equipamento dedicado?

Câmaras semiprofissionais de 35 mm, com sensores maiores e objetivas intercambiáveis, oferecem foco mais preciso e controlo de exposição rápido. Um bom sistema ótico, aliado a uma lente teleobjetiva, capta mais detalhe e reduz o ruído em cenário noturno.

Para quem prefere manter-se no telemóvel, acessórios como adaptadores de zoom ótico ou suportes para telescópios podem melhorar significativamente o resultado final.

Com estes cuidados, é possível registar a Lua com maior definição e preservar as crateras que a identificam, mesmo sem recorrer a equipamento avançado.

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