Filha de Robin Williams apela ao fim dos deepfakes do pai após lançamento da Sora

Índices
  1. Pedido directo nas redes sociais
  2. Funcionamento e restrições da Sora
  3. Questões legais e críticas à OpenAI
  4. Deepfakes cada vez mais realistas

Zelda Williams, filha do ator Robin Williams, pediu publicamente que deixem de lhe enviar vídeos gerados por inteligência artificial com a imagem do pai. O apelo foi publicado nos seus stories de Instagram no início da semana, poucos dias após a apresentação da Sora 2, modelo de vídeo da OpenAI que cria deepfakes realistas.

Pedido directo nas redes sociais

Na mensagem, Zelda Williams afirmou não querer receber nem compreender conteúdos que utilizem a imagem do pai falecido em 2014. Considerou-os “um desperdício de tempo e energia” e solicitou que parem “completamente” de produzir e partilhar esse tipo de materiais.

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Funcionamento e restrições da Sora

A aplicação Sora permite gerar vídeos de pessoas falecidas sem grandes barreiras, enquanto impõe limitações para figuras vivas: só aceita imagens do próprio utilizador ou de alguém que autorize a utilização da sua aparência, recurso designado pela empresa como “cameo”.

Testes realizados pela imprensa mostram que a plataforma reproduz facilmente personalidades históricas como Martin Luther King Jr. ou Franklin D. Roosevelt, além de celebridades como John Lennon ou Robin Williams. Já nomes como Jimmy Carter, falecido em 2024, ou Michael Jackson, morto em 2009, não são aceites pelo sistema.

Questões legais e críticas à OpenAI

Nos Estados Unidos, difamar pessoas falecidas não constitui crime, o que deixa espaço para a criação de deepfakes sem risco jurídico imediato. A OpenAI não comentou se considera legítima a geração de imagens de celebridades mortas.

Filha de Robin Williams apela ao fim dos deepfakes do pai após lançamento da Sora - Imagem do artigo original

Imagem: Getty

Entidades do sector audiovisual, incluindo a Motion Picture Association, instaram a empresa a reforçar protecções sobre propriedade intelectual. A OpenAI declarou inicialmente que estúdios teriam de optar explicitamente pela exclusão das suas obras, mas o director-executivo Sam Altman afirmou depois que essa posição será revertida.

Deepfakes cada vez mais realistas

A Sora é apontada como o modelo de uso público com resultados mais convincentes até ao momento. Outras plataformas, como as desenvolvidas pela xAI, oferecem menos salvaguardas e já foram usadas para criar deepfakes de carácter pornográfico. Especialistas alertam que a combinação de elevada qualidade visual e ausência de consentimento pode afectar direitos de imagem e legado de figuras públicas, vivas ou mortas.

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