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Estados Unidos detalham plano de IA com três frentes e possível impacto no Brasil

A Casa Branca divulgou o documento “Winning the Race: America’s Action Plan on AI”, que define a estratégia dos Estados Unidos para assegurar liderança mundial em inteligência artificial. O texto apresenta medidas imediatas e identifica a China como principal concorrente, enquanto aborda eventuais repercussões para países aliados, entre eles o Brasil.

Três eixos para supremacia em IA

O plano norte-americano apoia-se em três pilares:

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1. Acelerar a inovação – O governo revoga a ordem executiva anterior sobre desenvolvimento seguro de IA e adopta uma postura de desregulamentação. Entre as acções propostas estão a remoção de referências a desinformação, diversidade, equidade, inclusão e alterações climáticas em documentos técnicos, além da criação de centros de testes em sectores como saúde e agricultura. Programas de requalificação pretendem preparar trabalhadores para funções ligadas à tecnologia.

2. Construir infraestrutura nacional – Para alargar a capacidade computacional, o plano prevê mais centros de dados, aumento da produção energética, expansão da indústria de semicondutores e formação de mão-de-obra técnica. Licenças ambientais serão simplificadas e terrenos federais poderão ser usados para instalar usinas e instalações tecnológicas.

3. Liderar diplomacia e segurança internacionais – Os Estados Unidos pretendem tornar os seus modelos, componentes e normas o padrão global. O documento admite sanções ou tarifas a aliados que desrespeitem regras de exportação e forneçam tecnologia a países considerados rivais, como a China.

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Imagem: uol.com.br

China no horizonte e reflexos para o Brasil

Pequim mantém o objectivo de dominar o sector de IA até 2030, contexto que reforça a competitividade entre as duas maiores economias do mundo. Paralelamente, a relação entre Washington e Brasília atravessa divergências comerciais após o anúncio de tarifas norte-americanas sobre determinados produtos brasileiros.

No Congresso Nacional, avança um projecto de lei para regular a inteligência artificial, inspirado em linhas europeias que impõem obrigações extensas às empresas. A versão final poderá ser votada até 2025. Caso adopte requisitos diferentes dos defendidos pelos Estados Unidos, o Brasil poderá enfrentar novos pontos de tensão tecnológica e comercial.

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