Departamento de Energia dos EUA proíbe termos associados a alterações climáticas

Índices
  1. Lista de palavras vetadas
  2. Contexto da decisão
  3. Investimento global em renováveis mantém tendência de alta

O Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) emitiu uma diretiva interna que impede os trabalhadores de utilizarem determinadas expressões relacionadas com o clima em comunicações oficiais.

Lista de palavras vetadas

Num e-mail remetido na sexta-feira à Secretaria de Eficiência Energética e Energias Renováveis (EERE), a conselheira especial Rachael Overbey apresentou uma lista de termos proibidos. Entre eles encontram-se “climate change”, “green”, “decarbonization”, “energy transition”, “sustainability”, “sustainable”, “subsidies”, “tax breaks”, “tax credits”, “carbon footprint” e “emissions”.

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A mensagem solicita que “todos os membros da equipa” tenham conhecimento das novas orientações. Segundo fonte interna citada no mesmo documento, a palavra “emissions” foi considerada passível de sugerir conotações negativas.

Contexto da decisão

A EERE foi criada no final da década de 1970, após a crise petrolífera de 1973, com a missão de promover energias renováveis e eficiência energética. A atual administração norte-americana tem, contudo, privilegiado o aumento do consumo de combustíveis fósseis e referiu várias vezes a transição energética como “green energy scam”.

Departamento de Energia dos EUA proíbe termos associados a alterações climáticas - Imagem do artigo original

Imagem: Getty via techcrunch.com

Na semana anterior ao envio do e-mail, o Presidente Donald Trump criticou, numa intervenção na Organização das Nações Unidas, países que investem em tecnologias solares, eólicas e de armazenamento de energia.

Investimento global em renováveis mantém tendência de alta

Apesar da mudança de discurso em Washington, o investimento mundial em energias renováveis alcançou um novo máximo histórico no primeiro semestre de 2025. De acordo com dados da BloombergNEF, o montante aplicado atingiu 386 mil milhões de dólares, mais 10 % face ao mesmo período do ano anterior, impulsionado pelo crescimento da energia eólica offshore e da solar de pequena escala.

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