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Jovem do Maranhão torna-se astronauta análogo e acumula 40 medalhas científicas

Valdemiro Brito Gomes, de 16 anos, residente no povoado Corisco, zona rural de São Bernardo (MA), integra desde 2025 o grupo restrito de astronautas análogos da Estação Análoga Wogel.

Da sala de aula às olimpíadas científicas

Órfão de pai e mãe e criado pelos avós, Valdemiro enfrentou dificuldades de leitura e escrita no ensino fundamental. O interesse pela ciência surgiu quando o professor Gerson Ricardo Farias o inscreveu na Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica. A participação abriu portas para outras competições, onde somou 40 medalhas em várias áreas do conhecimento.

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Reconhecido pelo desempenho, representou o Brasil em eventos nacionais de ciência, passou a atuar como embaixador do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e colaborou em iniciativas como o programa internacional “Caça Asteroides”, desenvolvido em parceria com a NASA.

Processo de seleção e treinamentos espaciais

Em 2025, então com 15 anos, o estudante concorreu com 500 candidatos e foi um dos nove escolhidos para a Missão Cadete, etapa inicial da formação de astronauta análogo da Wogel. Durante três dias, realizou exercícios de sobrevivência em ambientes remotos, pilotou drones, participou de simulações de resgate e de reparação de equipamentos espaciais.

Concluída a primeira missão, o jovem prepara-se para a Missão Alferes, fase avançada que deve selecionar mais de mil participantes e impõe requisitos físicos e mentais superiores. O objetivo é qualificar a próxima geração de profissionais aptos a missões simuladas de longa duração.

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Imagem: uol.com.br

Compromisso com a divulgação científica

Paralelamente aos treinos, Valdemiro produz conteúdos educativos nas redes sociais, participa da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia e de acções do programa Pop Ciência, que visa popularizar o método científico em comunidades com menor acesso a recursos educacionais.

Segundo o MCTI, a trajectória do estudante demonstra o impacto de programas escolares, feiras de ciência e olimpíadas académicas na identificação de talentos e na promoção da cultura científica em todo o país.

Actualmente no primeiro ano do ensino médio, Valdemiro recusou uma bolsa de estudo numa instituição privada para permanecer junto da família em São Bernardo. Enquanto prossegue a preparação para novas missões, mantém o foco nos estudos e nas actividades de divulgação, reforçando a ligação entre educação pública, ciência e oportunidades na área espacial.

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