Estudo revela divergência entre diretores e professores na avaliação do empenho dos alunos
Um relatório da Discovery Education, intitulado Education Insights 2025-26: Fueling Learning Through Engagement, mostra que, apesar de reconhecerem a importância do envolvimento dos alunos, diretores distritais e professores discordam quanto aos melhores indicadores para o medir.
Critérios de avaliação dividem docentes e dirigentes
O inquérito indica que 93 % dos professores e 99 % dos superintendentes consideram o envolvimento estudantil fundamental para o sucesso académico. Contudo, os métodos escolhidos variam: 72 % dos docentes apontam o facto de os alunos colocarem questões pertinentes como principal sinal de empenho, enquanto 54 % dos superintendentes privilegiam bons resultados em avaliações.
A existência de sistemas eficazes de monitorização também gera opiniões distintas. Quase todos os superintendentes (99 %) e 88 % dos diretores de escola afirmam ter processos definidos para medir o envolvimento; apenas 60 % dos professores partilham dessa convicção. Além disso, um terço dos docentes identifica a ausência de uma definição clara e partilhada do conceito como o maior obstáculo.
Perceções de alunos, pais e professores não coincidem
O estudo destaca ainda discrepâncias entre a perceção dos estudantes e a dos adultos. Enquanto 63 % dos alunos consideram que a sua turma está altamente envolvida, apenas 45 % dos professores e 51 % dos diretores concordam. Para os pais, o sinal de empenho surge quando os filhos descrevem espontaneamente o que aprenderam e assumem desafios académicos adicionais sem incentivo externo.
Imagem: Micah Ward via districtadministration.com
Uso de inteligência artificial reforça contraste
Dois terços dos alunos acreditam que a inteligência artificial pode acelerar a aprendizagem, mas menos de metade dos professores recorre a essa tecnologia para tarefas diárias, e só 57 % dizem conhecer exemplos positivos apresentados pelos estudantes.
Por fim, 61 % dos alunos do ensino secundário avaliam o seu próprio nível de empenho como elevado, mas apenas 39 % descrevem os colegas da mesma forma, reforçando a necessidade de critérios comuns e ferramentas fiáveis para medir o envolvimento nas escolas.
