Diretora de tecnologia revela 6 estratégias para inovar na escola sem aumentar custos

Michelle Chenevert, responsável pela área de Tecnologia na Episcopal School of Baton Rouge, no estado norte-americano da Luisiana, foi distinguida com o prémio Innovative Director of Technology no Pre-ISTE Summit, em San Antonio. A gestora recebeu o reconhecimento depois de mais de duas décadas a aplicar criatividade e planeamento rigoroso para garantir que a escola mantém a modernização tecnológica apesar de imprevistos e restrições orçamentais.
Experiência forjada em situações de crise
O percurso de Chenevert ficou marcado pelas respostas a desastres naturais. Após o furacão Katrina, em 2005, a escola criou turmas noturnas para acolher alunos deslocados de Nova Orleães. A equipa trabalhou durante a madrugada a configurar contas e acesso a Wi-Fi, permitindo que os estudantes concluíssem o ano letivo.
Em 2016, uma inundação prolongada atingiu Baton Rouge. Quatro edifícios da escola ficaram submersos, exigindo a rápida montagem de salas temporárias por todo o campus. A diretora aproveitou o tempo antes da subida das águas para elevar equipamentos e salvaguardar dados. O episódio acelerou a transição de servidores físicos para soluções em nuvem, opção que viria a facilitar o ensino à distância quando a pandemia de 2020 fechou as instalações.
Gestão financeira e manutenção preventiva
Com parte do financiamento federal congelado, Chenevert passou a avaliar licenças, dispositivos e níveis de utilização para eliminar desperdícios. A monitorização através de ferramentas como JAMF e Intune permite identificar iPads ou portáteis que não recebem atualizações há mais de 30 dias, iniciando contactos com os docentes para formação ou realocação do equipamento.
O controlo apertado do ciclo de substituição de hardware evita compras de emergência, reduzindo custos com taxas de urgência. Este planeamento deu margem para investir num novo sistema de videovigilância com pesquisa por inteligência artificial, que agiliza a localização de incidentes no campus.
Seis conselhos para inovar com orçamento curto
1. Definir um plano a cinco anos — Mapear necessidades e períodos de maior despesa, ajustando-o regularmente.
2. Dimensionar dispositivos e software — Analisar relatórios de acesso para redistribuir equipamentos ou cancelar licenças subutilizadas.

Imagem: Sascha Zuger published via techlearning.com
3. Respeitar prazos de fim de vida — Consultar os sites dos fornecedores e agendar substituições antes que o suporte termine.
4. Atualizar-se continuamente — Obter micro-certificações que permitam apoiar professores sem recorrer a formação externa dispendiosa.
5. Manter a infraestrutura invisível operacional — Antecipar a renovação de switches ou pontos de acesso garante internet estável, mesmo que as mudanças não sejam visíveis para a comunidade.
6. Frequentar conferências — Sessões curtas com fabricantes revelam funcionalidades que podem ser aplicadas de imediato na sala de aula.
Com estas práticas, Michelle Chenevert demonstra que é possível combinar resiliência, inovação e controlo financeiro para oferecer tecnologia de qualidade aos alunos, mesmo em contextos sujeitos a catástrofes e limitações de verba.