Starlink corta mensalidade para 15 dólares em Nova Iorque graças a lei estadual

O serviço de internet por satélite Starlink passou a disponibilizar um plano de 15 dólares por mês no estado de Nova Iorque, valor muito inferior ao praticado no restante território dos Estados Unidos. A descida resulta do cumprimento da Affordable Broadband Act, legislação estadual aprovada em janeiro que impõe preços reduzidos aos grandes fornecedores de internet.
O que determina a nova lei
O diploma obriga operadoras com mais de 20 000 clientes a propor:
- Plano de 15 dólares com velocidade mínima de 25 Mb/s;
- Plano de 20 dólares com pelo menos 200 Mb/s.
Os valores devem englobar todas as taxas e alugueres de equipamentos. A medida dirige-se a agregados com rendimento anual até 185 % do nível federal de pobreza — 59 477,50 dólares para uma família de quatro pessoas — ou inscritos em programas como Medicaid, SNAP ou National School Lunch Program.
Custos iniciais continuam elevados
Apesar da mensalidade reduzida, quem aderir à Starlink terá de suportar 349 dólares pelo kit inicial (antena, router e cabos). Especialistas apontam esse montante como principal obstáculo para lares de baixo rendimento, grupo onde a ausência de ligação fixa continua elevada: segundo o Benton Institute, quase 30 % dos domicílios que ganham menos de 35 000 dólares anuais não possuem internet no Estado.

Imagem: the Los Angeles Times via cnet.com
Impacto no mercado e cobertura rural
Nem todos os operadores aceitaram as novas regras. A AT&T preferiu abandonar o mercado nova-iorquino em vez de aplicar os preços regulados. Já a SpaceX, proprietária da Starlink, publicou em junho uma página de perguntas frequentes a explicar o tarifário adaptado.
Embora a lei vise sobretudo a vertente económica, a disponibilidade técnica continua um desafio em zonas rurais. Dados federais indicam que cerca de 3 % das habitações nova-iorquinas ainda não têm acesso aos 100 Mb/s de descarregamento e 20 Mb/s de envio que definem o patamar mínimo de banda larga nos EUA.