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Intel corta 15 % dos trabalhadores e ajusta plano de fabrico para travar custos

Santa Clara, Califórnia — A Intel anunciou uma redução de 15 % na sua força laboral e uma revisão profunda na estratégia de fabrico, medidas que pretendem conter despesas e melhorar a execução operacional.

Redução de pessoal atinge milhares de postos

O corte abrange cerca de 14 000 dos 96 400 funcionários registados no final de junho. Segundo o diretor financeiro, David Zinsner, a empresa eliminou metade das camadas de gestão intermédia para tornar os processos mais ágeis. O objetivo é reduzir o quadro para aproximadamente 75 000 trabalhadores até ao final do ano, conjugando despedimentos, não substituição de saídas naturais e outras iniciativas.

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Novo presidente-executivo impõe disciplina orçamental

Lip Bu Tan, que assumiu a liderança em março, declarou num memorando interno que “não haverá cheques em branco”. Cada investimento passará a ser avaliado pelo retorno económico, colocando termo à política de expansão de capacidade antes de existir procura confirmada. A mudança procura corrigir anos de decisões menos acertadas que deixaram a Intel atrás da Nvidia no mercado de chips de inteligência artificial e permitiram à AMD ganhar terreno em PCs e servidores.

Fábricas só serão construídas com procura garantida

A fabricante passará a erguer novas unidades de produção apenas quando existirem encomendas firmes dos clientes. A abordagem contrasta com a prática anterior de antecipar a procura, estratégia que ampliou custos sem retorno proporcional.

Previsão financeira aponta para trimestre no vermelho

Para o terceiro trimestre, a Intel estima um prejuízo de 0,24 dólares por ação, acima das perdas esperadas pelos analistas, embora antecipe receitas superiores às projeções do mercado. A administração acredita que as medidas de corte e o foco em segmentos de maior crescimento facilitarão um regresso à rentabilidade sustentada.

Os ajustes agora revelados fazem parte de um programa mais amplo de alienação de ativos, realocação de recursos e controlo de despesas, destinado a devolver competitividade à histórica gigante dos semicondutores.

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