OpenAI bloqueia contas ligadas à China por pedidos de vigilância em redes sociais

A OpenAI encerrou várias contas do ChatGPT suspeitas de ligação a entidades governamentais chinesas após pedidos de instruções para monitorizar conversas nas redes sociais, revelou o mais recente relatório público de ameaças da empresa sediada em São Francisco.
Contas visadas por pedidos de espionagem digital
De acordo com o documento, alguns utilizadores solicitaram ao chatbot descrições detalhadas de ferramentas de escuta online e outros métodos de vigilância, violando a política de segurança nacional da OpenAI. As contas em questão foram bloqueadas, numa medida que a empresa justifica com a necessidade de impedir o uso malicioso de inteligência artificial generativa num contexto de crescente rivalidade tecnológica entre Estados Unidos e China.
O relatório indica ainda que vários perfis em língua chinesa utilizavam o ChatGPT para auxiliar campanhas de phishing e desenvolvimento de malware, além de investigarem possíveis automatizações adicionais através do modelo DeepSeek, criado na China.
Rede criminosa russa entre os bloqueios
A OpenAI também desactivou contas associadas a grupos criminosos russófonos que recorriam ao ChatGPT para aperfeiçoar determinado software malicioso. Desde fevereiro do ano passado, a empresa afirma ter interrompido e reportado mais de 40 redes de utilização abusiva, sublinhando que os seus modelos recusam pedidos “abertamente maliciosos” e não fornecem novas capacidades ofensivas aos agentes envolvidos.

Imagem: Internet
Escala do serviço e avaliação de mercado
Com mais de 800 milhões de utilizadores semanais, o ChatGPT tornou-se num dos serviços de inteligência artificial mais populares do mundo. A OpenAI, apoiada pela Microsoft, atingiu recentemente uma valorização de cerca de 500 mil milhões de dólares após concluir uma venda secundária de ações.
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