Chefe do Instagram desmente escutas e revela como a Meta direciona anúncios

Índices
  1. Por que a Meta diz não precisar do microfone
  2. Novo passo: dados gerados por IA
  3. Rumor recorrente continua vivo

Adam Mosseri, responsável máximo pelo Instagram, voltou a negar que a rede social utilize o microfone dos smartphones para ouvir conversas privadas e ajustar publicidade. A declaração foi publicada na própria conta de Mosseri na quarta-feira, numa tentativa de travar um rumor persistente sobre práticas de vigilância.

Por que a Meta diz não precisar do microfone

Segundo o executivo, qualquer utilização permanente do microfone seria fácil de detetar: surgiria um indicador luminoso no ecrã e a bateria descarregaria mais depressa. Mosseri recorda que, desde 2016, a empresa – então chamada Facebook – publicou esclarecimentos formais e, em 2018, Mark Zuckerberg reafirmou perante o Congresso dos Estados Unidos que não recolhe áudio para anúncios.

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Em vez disso, a Meta apoia-se em duas fontes de informação. Primeiro, dados fornecidos pelos próprios anunciantes, que indicam quem visitou os seus sites ou efetuou compras. Segundo, modelos algorítmicos que agrupam pessoas com perfis de interesse semelhantes e mostram anúncios correspondentes.

Novo passo: dados gerados por IA

A negação de Mosseri surge pouco depois de a Meta confirmar que, a partir de 16 de dezembro, passará a recorrer às interações dos utilizadores com produtos de inteligência artificial para refinar a segmentação publicitária nas suas plataformas. A empresa considera que as conversas mantidas com chatbots, como o recente Meta AI, oferecem sinais ainda mais precisos sobre preferências e intenções de compra.

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Imagem: Getty

O executivo admite que a precisão atual já surpreende muitos utilizadores, incluindo familiares, mas atribui o fenómeno a coincidências e a efeitos de psicologia: um anúncio visto rapidamente pode ser esquecido e reaparecer depois como “relevante” durante uma conversa.

Rumor recorrente continua vivo

A suspeita de escuta clandestina reaparece sempre que recomendações parecem coincidir com temas falados em ambiente privado. Apesar das reiteradas negativas, Mosseri reconhece que a empresa terá de continuar a explicar o funcionamento interno do seu sistema de anúncios para dissipar dúvidas sobre privacidade.

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