França reforça vigilância com novos balões estratosféricos

Índices
  1. Stratobus pretende cobrir emergências até 2031
  2. Balman foca-se em resposta rápida já em 2027
  3. Contexto estratégico e desafios

Empresas francesas aceleram o desenvolvimento de plataformas estratosféricas para missões de observação e comunicações, explorando a faixa entre 20 e 100 quilómetros de altitude — território ainda pouco regulado e visto como próximo ponto de disputa tecnológica.

Stratobus pretende cobrir emergências até 2031

A Thales Alenia Space avança com o Stratobus, dirigível de 142 metros que, segundo a empresa, poderia acolher a catedral de Notre-Dame no seu interior. Projectado para restabelecer comunicações depois de catástrofes ou para vigiar zonas críticas, o aparelho deverá estar operacional em 2031. Modelos de teste estão em construção, indicou Yannick Combet, director do programa.

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Balman foca-se em resposta rápida já em 2027

Fundada em 2019, a Hemeria trabalha no Balman, balão de menor dimensão que altera a altitude para aproveitar correntes de vento e reposicionar-se rapidamente. O segundo voo de ensaio está previsto para as próximas semanas e a empresa aponta para operações limitadas a partir de 2027. O gestor de projecto Alexandre Hulin destaca a ambição de reduzir a preparação de lançamento de dois meses para poucas horas.

Contexto estratégico e desafios

O interesse francês intensificou-se após o incidente de 2023 em que os Estados Unidos abateram um alegado balão espião chinês, episódio que sublinhou a importância do chamado “espaço próximo”. Em Junho, Paris apresentou uma estratégia que prevê capacidade de actuação em altitudes muito elevadas e defesa contra plataformas adversárias. Poucas semanas depois, caças franceses derrubaram dois balões acima dos 20 km, demonstrando prontidão para responder a ameaças.

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Imagem: Internet

Com estas iniciativas, França procura garantir presença numa zona ainda sem ocupação permanente, evitando dependência de satélites e fortalecendo a vigilância territorial e a resiliência das comunicações.

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